Na tarde desta quinta-feira, 14 de novembro, o Centro de Convivência da Terceira Idade de Morro da Fumaça foi palco da I Jornada da Consciência Negra, promovida pelo Departamento de Desenvolvimento Social do município, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). O evento, aberto ao público, contou com a participação de alunos da Rede Municipal de Ensino e integrantes da comunidade local e viabilizou uma ampla reflexão sobre a história do Brasil, a luta contra o racismo e a valorização da cultura afro-brasileira.

A programação teve início às 13h30 e foi marcada pela palestra do professor Alex Sander da Silva, membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neab) da UNESC e coordenador do Coletivo Chega de Racismo Criciúma. Em sua fala, o mediador abordou a história escravocrata do Brasil, destacando a importância de revisar a história oficial e enfatizou a necessidade de superar as desigualdades raciais persistentes e de educar as futuras gerações para combater o racismo estrutural.

"É fundamental que a sociedade revise suas concepções sobre o passado colonial e escravocrata, para entender as raízes do racismo que ainda permeiam nosso cotidiano. Só assim poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária", afirmou.

A coordenadora do Departamento de Assistência Social, Saionara Freitas Dias, ressaltou a importância do evento para o município e destacou o compromisso de Morro da Fumaça na promoção da cidadania e do respeito à diversidade. "A I Jornada da Consciência Negra é um espaço essencial para discutirmos a história de luta do povo negro e refletirmos sobre as dificuldades que ainda enfrentamos. A conscientização e a educação são pilares fundamentais para a construção de um futuro sem discriminação", afirmou Saionara.

Também participaram do bate-papo duas participantes do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas, a advogada Magda Lalau José dos Passos e a professora Rosilda Mara Rodrigues Moroso. O evento foi uma das ações realizadas pelo município em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, que a partir deste ano em conformidade com a Lei Federal 14.759/2023 passa a ser feriado nacional.