Na pequena cidade de Morro da Fumaça, uma história de altruísmo e dedicação à saúde acontece a milhares de quilômetros de distância. A médica Gabriela Guglielmi, que se destacou por sua paixão pela medicina e pelo bem-estar social, embarcou na semana passada para a segunda etapa de uma missão humanitária na África. A primeira edição da missão ocorreu no ano passado, quando um grupo de estudantes e professores brasileiros se uniu em prol da saúde de comunidades carentes no Benin.

A missão, que conta com a participação de 30 estudantes de medicina e 10 professores de 14 instituições brasileiras, visa proporcionar cuidados médicos e promover a saúde da população local. Durante a primeira edição, Gabriela e seus colegas tiveram a oportunidade de trabalhar lado a lado com profissionais de saúde beninenses, aprendendo sobre as realidades e desafios enfrentados na prestação de serviços de saúde em um contexto tão diferente do que estão acostumados no Brasil.

“Foi uma experiência transformadora. Aprendi não só sobre medicina, mas também sobre resiliência, solidariedade e a importância de ouvir as necessidades das comunidades”, relata Gabriela, lembrando de momentos marcantes da missão anterior. A interação com os pacientes e a troca de conhecimentos foram fundamentais para sua formação como médica.

Nesta nova etapa, Gabriela retorna ao continente africano não apenas como estudante, mas como profissional de saúde. Seu objetivo é realizar atividades clínicas e comunitárias, que vão desde consultas médicas até ações de prevenção e promoção da saúde. “Estou animada e nervosa ao mesmo tempo. Sei que haverá desafios, mas estou preparada para contribuir da melhor maneira possível”, afirma.

As atividades da missão incluem triagens, vacinação, orientações sobre saúde preventiva e educação em saúde, além de ações em saúde mental e nutrição. A equipe também está comprometida em trabalhar com a comunidade para identificar as principais necessidades de saúde, buscando soluções sustentáveis e de longo prazo.

Gabriela destaca a importância da empatia no trabalho que será realizado. “Não se trata apenas de oferecer atendimento médico, mas de construir relacionamentos, entender a cultura e as necessidades da população. Cada paciente é único e merece ser tratado com dignidade e respeito”, diz ela.

A missionária aproveita a oportunidade para reforçar a importância da formação contínua e do aprendizado mútuo. “A missão não é apenas uma via de mão única. Nós também aprendemos com as comunidades, com as práticas locais e com as experiências que eles têm a nos ensinar”, explica.

A expectativa é que a missão traga benefícios não apenas para a população local, mas também para os participantes. A vivência em um contexto desafiador e a oportunidade de trabalhar em equipe são experiências que enriquecem a formação e o desenvolvimento profissional de Gabriela e seus colegas.

Além do trabalho em saúde, a missão também busca promover a troca cultural. Os participantes têm a chance de vivenciar tradições, costumes e a culinária local, criando laços que vão além do aspecto profissional. “É uma oportunidade incrível de ver o mundo de uma perspectiva diferente e entender as realidades de outras pessoas”, afirma.

Os desafios logísticos e as condições de trabalho em áreas remotas são uma realidade que a equipe já está preparada para enfrentar. Com a experiência adquirida na primeira edição, a equipe se sente mais confiante para lidar com imprevistos e adaptar suas estratégias conforme necessário.

Gabriela, que sempre sonhou em fazer a diferença na vida das pessoas, vê nesta missão uma realização de seus objetivos profissionais e pessoais. “Estou muito feliz por poder contribuir, mesmo que de forma pequena, para a melhoria da saúde e do bem-estar de outras pessoas. Isso é o que me motiva a seguir em frente na medicina”, conclui.

A missão humanitária na África é um exemplo inspirador de como a solidariedade e o compromisso com a saúde podem transcender fronteiras. A história de Gabriela Guglielmi e de seus colegas é uma prova de que, juntos, é possível fazer a diferença e promover mudanças significativas na vida de pessoas que, muitas vezes, são esquecidas pelo sistema de saúde. Com cada consulta, cada conversa e cada sorriso, eles estão contribuindo para um mundo mais justo e igualitário. 

A jornada de Gabriela e sua equipe está apenas começando, mas já promete deixar um legado de esperança e transformação.