Nesta Quarta-feira de Cinzas, dia 5, o padre Sidnei Vitalli, vigário da Matriz São Roque de Morro da Fumaça, participou de uma entrevista no programa Agora na Cidade, na rádio comunitária para falar sobre o início da Quaresma e a Campanha da Fraternidade 2025.  

O sacerdote destacou que a Quaresma é um tempo específico na liturgia da Igreja Católica, no qual os fiéis são convidados a refletir sobre o sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Além do jejum e da abstinência de carne, a Quaresma pede uma mudança de postura: ser mais exigente consigo mesmo e mais complacente com os outros, além de intensificar a oração e o engajamento em causas sociais. "É um tempo de conversão, que significa trocar de atitudes e buscar a restauração pessoal", enfatizou o padre.  

Sobre a Campanha da Fraternidade, ele relembrou sua origem em 1961, quando três padres ligados à Cáritas Brasileira idealizaram a campanha para arrecadar fundos para atividades assistenciais. A iniciativa foi realizada pela primeira vez na Quaresma de 1962, em Natal (RN), e desde 1964 ocorre anualmente em todo o Brasil.  

Em 2025, a Campanha da Fraternidade traz como tema "Fraternidade e Ecologia Integral", com o lema "Deus viu que tudo era muito bom" (Gn 1,31). O padre explicou que este é o nono ano em que o tema ambiental é abordado, mas, desta vez, a palavra “integral” ganha destaque, enfatizando que a ecologia não se restringe ao meio ambiente, mas abrange o respeito e cuidado com todas as formas de vida.  

O sacerdote também mencionou a encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, publicada em 2015, que reforça o conceito de “cuidado com a Casa Comum” , a Terra  e a necessidade de responsabilidade mútua entre as pessoas. No cartaz da campanha, São Francisco de Assis é representado como símbolo de reconciliação universal com Deus, os irmãos e toda a criação, inspirado no Cântico das Criaturas, escrito há 800 anos.  

Por fim, o padre fez uma analogia para explicar a ecologia integral: "Assim como cuidamos da nossa casa financeira com a economia e buscamos o respeito entre religiões com o ecumenismo, devemos administrar e proteger a nossa Casa Comum, que é a Terra."  

A Quaresma segue até a Páscoa, convidando os fiéis à reflexão, penitência e transformação pessoal.